Sunday, November 18, 2007

Se é legítimo, então que se vote.

Monday, November 12, 2007

Achmed, the dead terrorist...

Há uns dias, o meu grande timoneiro enviou-me este clip. Sempre achei os ventríloquos engraçados, pois como não são eles a falarem mas sim o boneco, conseguem sempre dizer as coisas mais incómodas e escapar incólumes.

Friday, November 09, 2007

Pac-Man

Há quem ache piada à antropomorfização de certos bichos...
...mas acho que a partir de agora prefiro a digitalização de certos Homens.

Wednesday, November 07, 2007

Nadia e Letting Go

Para o Rodrigo ficar feliz e contente depois de ter vomitado por causa dos blogs manhosos que anda a visitar, vou por aqui dois momentos musicais que sei que ele vai gostar. E sei que vai gostar ainda mais de ter sido eu a po-los aqui...



Repressão Artística

Há uns dias, numa das minhas incursões relâmpago ao site do Público (o jornal), houve uma notícia que me chamou a atenção e que passo a descrever (eu tentei, mas não encontrei o link no site do Público; se alguém o encontrar por favor enviem-mo para incluir aqui). Resumindo, um artista costa-riquenho chamado Guillermo "Hababuc" Vargas decidiu apanhar um cão vadio que encontrou num bairro pobre de Managua e levou-o para uma exposição de arte nessa mesma cidade. Aí, prendeu o cão, escreveu na parede em biscoitos de cão "Eres lo que lees", queimou incenso com cheiro a crack e marijuana, e pôs o hino sandinista a tocar num rádio, ao mesmo tempo que deu ordens aos funcionários da exposição para não deixarem ninguém alimentar o cão. No dia seguinte, o cão já lá não estava, e tendo em conta que o mesmo estava visivelmente magro, algumas pessoas assumiram que o cão tinha morrido à fome. A notícia chegou aos ouvidos de algumas associações de defesa dos direitos dos animais, que reagiram circulando uma petição online para impedir que o artista responsável (o Hababuc) fosse representar o seu país natal na "Bienal Centroamericana Honduras 2008", que pelo que percebi é uma exposição internacional de arte.

Li a notícia, reflecti um bocado e voltei aos meus PCR's e géis de agarose convicto de que a situação era muito clara. Fiquei sinceramente espantado quando recebi um mail de uma amiga a pedir para assinar a tal petição (enviou para mim como pra os restantes endereços da agenda dela!). Fiquei espantado pelo simples facto de que essa minha amiga é estudante de arte e design no IADE. O que é que tem a haver uma coisa com a outra?! Passo a explicar:

Fiz uma investigação e tentar perceber um pouco melhor situação, e encontrei milhares de blogs, sites, campanhas online, petições, foruns de discussão, etc. que não passam de cópias exactas uns dos outros. O que se pode concluir é:

1. Ninguém tem uma única fotografia do cão morto. Na verdade, ninguém efectivamente viu o cão morto!!! O cão simplesmente estava lá num dia, e no outro já não estava. O próprio Hababuc não confirma nem desmente se o cão morreu, e diz apenas o seguinte:

"I won't say the dog died. The importance to me is the hypocracy of the people where an animal is the focus of attention where people come to see art but not when it's in the street starving to death."

A responsável da galeria diz que nunca permitiria que tal acontecesse, e garante que o cão era alimentado frequentemente, mas que fugiu durante a noite (vinha na notícia do público).

2. Os vários blogs de boicote exageram vários aspectos da estória. Por exemplo, uns dizem que o cão estava acorrentado. Vendo as fotos que estão disponíveis (são sempre as mesmas) vê-se claramente que o cão está preso por uma corda que parece ridiculamente frágil (não é por isso inverosímil q o cão tenha fugido). Outros dizem q o artista pagou a 2 miúdos para irem apanhar o cão... alguns referem que ele pagou a 10 miúdos para perseguirem, aterrorizarem, e capturarem o inocente cão.

3. Durante o tempo da exposição, ninguém foi capaz de libertar o cão ou alimentá-lo, mesmo apesar de ser bastante óbvio que era a coisa mais correcta a fazer. De certeza que seria fácil alguém comprar um hambúrguer e dá-lo ao cão, ou simplesmente chamar a polícia. O próprio autor escreveu no seu blog:

"The purpose of the work was not to cause any type of infliction on the poor, innocent creature, but rather to illustrate a point. In my home city of San Jose, Costa Rica, tens of thousands of stray dogs starve and die of illness each year in the streets and no one pays them a second thought. Now, if you publicly display one of these starving creatures, such as the case with Nativity, it creates a backlash that brings out a big of hypocrisy in all of us. Nativity was a very sick creature and would have died in the streets anyway"

Ou seja, afinal a intenção do artista era chamar a atenção para os milhares de animais que morrem à fome nas ruas, algo a q as associações q o criticam também são sensíveis. No entanto, a petição não pede mais acção para impedir q isso aconteça, não pede políticas de recolha de animais vadios mais humanas (nos países em q existem, os animais são colocados em jaulas minúsculas até serem adoptados por alguém; se isso não acontecer são abatidos), a petição nem sequer pede q sejam tomadas medidas para q o artista seja devidamente condenado por um crime de abuso de animais. A petição pede para q a carreira artística do mesmo seja travada e manchada.

Ora isto é censura artística. Isto é uma forma q certos falsos moralistas têm de impedir que um determinado formato de expressão artística seja executado. Se se comprovar q o cão efectivamente morreu, então concordo q o Hababuc abusou um bocado, e provavelmente deveria ser acusado de crime por abuso de animais. Agora impedi-lo de expressar o seu ponto de vista através de uma obra artística é censurar a arte em si, como forma de expressão livre. E o q me espantou nisto tudo foi q quem não só assinou a petição, como pediu a toda a gente q conhece para assinar também, foi uma estudante de arte e design!!! Lembrei-me logo do caso retratado aqui q é em muitos aspectos semelhante ao do Hababuc. Deixa aqui para os 3 (+1) leitores deste blog pensarem uma citação deste último senhor q referi (o bold fui eu q pus para evitar mal-entendidos):


Larry Flynt: Are you a religious man?
Stills Photographer: Yeah.
Larry Flynt: Okay, you believe that God created man?
Stills Photographer: Yeah.
Larry Flynt: God created wo-man?
Stills Photographer: Yeah.
Larry Flynt: Then surely the same God created her vagina. And, who are you to defy God?! Just shoot (photograph) her!

Sunday, November 04, 2007

A tender para 1...

As an online discussion grows longer, the probability of a comparison involving Nazis or Hitler approaches one.

Ultimamente tenho andado mesmo picado com os acólitos do Pedro...a discussão progride descontroladamente em direcção a 1.

Saturday, November 03, 2007

Nove mil e quê?

Enquanto consultava uma "espécie de blog" de acólitos do Pedro, dei de caras com o vídeo do Carlos Carreiras. Nunca ouvi falar do Carlos mas percebi agora que se está a candidatar à distrital de Lisboa do PSD.

O Carlitos disponibiliza um vídeo na sua página que achei interessante partilhar com a meia dúzia de leitores deste blog.

Seduziu-me o tom épico do vídeo e umas quantas calinadas que se metem lá pelo meio. Às páginas tantas, o Carlos explica à malta que o PIB per capita de Lisboa é de 9183€...
De acordo com a wikipédia ou com o world factbook da CIA, o PIB médio português é de cerca de 14.000 €. Como o de Lisboa é o mais alto do país, os tais 9183 € não têm mesmo ponta por onde se lhe pegue.

Talvez venha agora algum acólito do Pedro ou do Carlos dignar-se a explicar este disparate.

PS (em 05/11/2007).: Segundo o DN de 16/09/2005, calculando a média do PIB per capita em Lisboa, entre 1995 e 2002 obtemos o tal valor de 9183 €. O valor não está portanto incorrecto, está apenas desactualizado "de 5 a 12 anos".

Friday, November 02, 2007

E por falar em campeões da F1...

.. relembro também as imortais batalhas entre um dos (senão o) mais emblemático deles todos. Repare-se como no grande prémio do Estoril de 88, ele ainda iniciou o movimento tão característico de "vou-te esmagar contra o muro" mas lá se arrependeu a meio. E era o colega de equipa, faria se não fosse.



Agora, é claro que era uma pessoa em essência diferente, e que também fazia coisas destas...



... e isso conquista o coração das pessoas, assim como o meu. Se não fosse aquela maldita direcção de merda da Williams, se calhar o Shumy não tinha ganho tantos grandes prémios.

O calibre do campeão...

Sem querer entrar em picardias com o outro autor deste blog tomei a liberdade de recordar Adelaide, 1994.



E já agora, recordar também Jerez, 1997.



No segundo vídeo, o comentador praticamente transtornado salienta que Jerez é a exacta repetição de Adelaide. FELIZMENTE, em 1997 o tiro saiu-lhe pela culatra. E isto é só para que nada fique por dizer relativamente ao bastardo-schumacher-herói-do-André.
Não basta só guiar bem. É preciso ter espinha dorsal.

Thursday, November 01, 2007

E toma lá disto!

É curioso aquilo que conseguimos encontrar no youtube associado aos termos que pomos no motor de busca. Enquanto estava à procura de um vídeo do Mikka (nem sei se é assim que se escreve; não é q goste da música dele, mas queria saber como é que ele era) descobri o seguinte vídeo do Mikka Hakkinen. Ora, eu sou um grande fã do Schumacher, em todos os campeonatos torcia para que ele ganhasse, e acho mesmo que é o melhor piloto de F1 de sempre. Agora, há que se tirar o chapéu ao Mikka, que deu completamente a volta ao Shumacher (e olhem que isso não é nada fácil). Reparem como o Mikka está efectivamente mais rápido do que o Schumacher, mas simplesmente não consegue ultrapassar a defesa eficaz do alemão... até que!!

E já que estamos numa de música "folk"...

... aproveito para realçar uma música que marca essencialmente pela diferença. Num mundo musical em que todas as músicas tocantes e comoventes falam sobre amor, a falta dele, a procura dele, o fim dele, ou outra coisa qualquer dele, esta vem mostrar que se pode fazer uma música comovente e tocante sobre outra coisa, e que acima de tudo é possível sentir algo forte por alguém com quem não andamos a fornicar de noite (ou de dia para todos os efeitos)!


E por falar no Bob Dylan...

Vou aproveitar a dica do Rodrigo para o meu primeiro post no blog. Há algum tempo que gosto da música do Bob Dylan e foi com bastante agrado que vi o Rodrigo a dedicar algum do seu tempo e atenção a este excelente músico... epá, isto está a começar a parecer o blog do Pedro!! Espera aí que já mudo o tom!


Agora a sério, O Bob é dos músicos mais apreciados do mundo ocidental mas também um dos menos compreendidos. Isto porque normalmente as pessoas que conheço louvam o Bob pelas suas capacidade vocais e instrumentais... ora é precisamente isto que o Bob não sabe fazer, ou seja cantar e tocar guitarra. O que ele sabe é compor e escrever, e isso fá-lo como ninguém! É de tal forma bom que muito do rock e da música "pop" moderna não é nada mais do que as composições desse senhor revisitadas (desse e doutro ilustre incompreendido, o Neil Young). Para demonstrar isso mesmo, vou pôr aqui uma música de um senhor que a maior parte das pessoas associa a um estilo caótico e extremamente depressivo, que normalmente envolve saltar de alturas consideráveis para cima de uma multidão de adolescentes incontroláveis e gritos gargolianos nos refrões.



Sim, é mesmo verdade! É mesmo esse que vocês estão a pensar e arriscaria-me a dizer que este é o disco que ele sempre quis fazer mas que nunca teve coragem. Aliás, é por isso que a música dos Pearl Jam é tão única e conseguiu ao longo dos anos cativar tão grande legião de fãs. Mais do que uma banda de rock, é uma banda extremamente influenciada pela escola tão apelativa como a de Bob Dylan e afins. No entanto, não o fez de forma gratuita e foi preciso o Sean Penn chateá-lo para gravar uma banda sonora para finalmente ter a coragem de o fazer. Já agora aproveito para falar do filme que também é interessante. Ainda não o vi, mas a estória promete. De forma resumida, "Into the Wild" conta a estória de um rapazito de 20 e poucos anos nascido e criado numa família rica de Washington, que após acabado o curso tem uma crise de adolescência e decide ir à boleia para o Alaska viver daquilo que consegue apanhar, doando ou queimando pelo caminho todo o dinheiro que tinha poupado até então. É uma estória verídica baseada no best-seller de John Krakauer, que por sua vez nasceu deste ensaio do mesmo autor. Mas hei-de falar desta estória noutra altura, nomeadamente depois de ver o filme!!

Luiz

Dizem que o Luiz Pacheco é "provavelmente o maior filho da puta, a pessoa mais corrosiva, mais intratável que há (...)". Não passo de um catraio, "produto de uma geração" que o Luiz Pacheco compreensivelmente despreza. Se calhar por isso, acho que seria insuportável viver num mundo com uma percentagem ligeiramente mais elevada de Pachecos.

Aqui fica o link para o portal oficial não-oficial e mais dois momentos da vida de Luiz Pacheco.

Entrevista à revista K (não sei que revista é!)

Entrevista recentíssima ao Correio da Manhã (será um jornal?)

E tendo por fundo a malha mais comercial do Rachmaninoff aqui fica mais um vídeo.



E para acabar, só mais um excerto de "O libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu esplendor".

Em breve...

...a partir de:


mais um sportinguista com conviccções anarco-hedonistas acerca das questões mais irrelevantes.