Sunday, January 06, 2008

1925-2008



Obrigado pelo ateísmo, por algum anarquismo que aqui se encontre e duma forma geral por quase toda a pouca liberdade que até agora tive oportunidade de alcançar.
Os meus filhos hão-de ler-te e os meus netos também...e o teu passeio à Braga idolátrica há-de passar a ser leitura obrigatória no ciclo. Dá-lhes só mais algum tempo que eles não sabem o que fazem.
Obrigado Luiz.

ilustração por Vasco, in publico.pt

2 Comments:

Blogger Moura said...

Algumas das minhas frases preferidas do Pacheco:

"Gosto de ver velhadas. Entretenho-me com o humor fabuloso do Vasco Santana, do António Silva. O Solnado é uma merda. Uma invenção. Um disparate. O Herman José é diferente. Basta ser de origem alemã para saber o que está a fazer ."

"Podem contar comigo para dar porrada, mas jamais por incumbência."

"Muito. Gosto quando ele fala do bairro onde nasceu, Benfica. Tem muitas qualidades e anos de escrita. Mas é um bocado apanhado da pinha. Também tem a maluqueira de dizer que não consegue viver sem escrever. E tem razão. Ele é o escritor mais internacional de Portugal." (Sobre António Lobo Antunes"

"É um ‘bom vivan’. Não deixou obra nenhuma, mas sabe viver. Andava nas discotecas e estes gajos – o pequeno, o gajo que é quase anão – fez-lhe a folha. O Santana é um senhor. Gosta das noites. E bebe o seu copinho." (Sobre Pedro Santana Lopes)

"O Lobo Antunes e o Saramago não estão a escrever para vocês nem para mim. Estão a escrever uma coisa género "standard", que é o romance internacional. (...) Como sabem que vão ser traduzidos, têm de fazer uma linguagem o mais corrente possível, mais linear, mais badalhoca."

"Você acredita naquelas pessoas que agora dizem que não passam sem escrever? Pois é claro que é um lugar-comum! E é uma aldrabice! Desde quando é que uma pessoa não vive sem escrever? Essa está muito boa!"

"Ninguém muda? Bem, talvez. Eu acho é que ninguém, quase ninguém, se revela."

"A promiscuidade: eu gosto. Porque me cheira a calor humano, me sobe em gosto de carne à boca, rne penetra e tranquiliza, me lembra - e por que não ?! - coisas muito importantes (para mim, libertino se o permitem) como mamas, barrigas, pele, virilhas, axilas, umbigos como conchas, orelhas e seu tenro trincar, suor, óleos do corpo, trepidações de bicharada."

Não me admira que fosse incomodo,mas admira-me que tendo lançado nomes como Cesariny, Natália Correia, e Virgílio Ferreira, continua essencialmente desconhecido.

4:40 PM  
Anonymous Anonymous said...

O Luiz Pacheco conseguiu dizer coisas muito sérias de uma forma que me faz rir.
Para mim ele vai estar sempre vivo.

Catarina

3:28 PM  

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