Tuesday, January 09, 2007

Quatro centímetros de vida e uma questão moral...

Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?



Às dez semanas o bebé pesa 14 gramas, mede seis centímetros, tem olhos, nariz, lábios, dedos, as mesmas impressões digitais que terá durante toda a sua vida, o sistema cardiovascular está completamente desenvolvido e tem um coração que bateu 174 vezes durante a leitura deste texto.
in folheto distribuído pelo movimento "Não, Obrigada"


Os defensores do sim entendem que os recursos disponíveis devem ser canalizados para a morte. Os defensores do não sustentam, animados por uma matriz axiológica e ética de que não abdicam – porque ao fazê-lo estariam a abdicar da própria pessoalidade –, que os mesmos poderiam ser empregues na prevenção de gravidezes indesejadas ou no apoio social a mães economicamente carenciadas.
Opções de fundo. Cada um com a sua.
in blogue do Não

Trata-se, porém de uma ideia para consumo acrítico de uma opinião pública tão
desprovida de conhecimentos jurídicos como propensa ao facilitismo, implementada
com sucesso pelos promotores do direito ao aborto, de modo a encurralar os defensores
da proibição pura e simples numa incómoda aparência de extremismo.
in "Elucidário Jurídico sobre a questão da despenalização", Movimento Não-Obrigada


O papel fundamental do profissional de saúde é contribuir e zelar pela saúde (em sentido lato tal como definido pela OMS) e bem estar pessoal da comunidade na qual está inserido, como sabemos o seu contributo para a saúde sexual e reprodutiva é crucial na medida em que a sexualidade é uma pedra basilar da saúde nas sociedades ocidentais actuais. Cabe-nos então contribuir para que os portugueses/as vivam de forma plena e consciente a sua sexualidade e para tal teremos de participar pró-activamente na educação sexual e proporcionar serviços de qualidade no domínio do planeamento familiar, aborto, infecções sexualmente transmissíveis, transsexualidade e infertilidade e contribuir para que de facto o acesso aos (melhores) cuidados de saúde seja universal.
in Médicos pela Escolha

Respondemos SIM, porque esta é uma questão de justiça.
Temos diferentes posições políticas sobre os mais variados assuntos. Mas neste referendo assumimos o compromisso de participar em acções pelo SIM. E procuraremos sensibilizar e envolver outros eurodeputados nesta campanha. Porque o resultado deste referendo não interessa apenas a Portugal. Interessa igualmente à Europa, onde outros três países ainda criminalizam as mulheres por interromperem a gravidez: Irlanda, Malta e Polónia.
in Movimento Voto Sim

[7] Porque o que está em causa não é o 'direito ao aborto', nem ‘ser a favor do aborto’, mas antes o respeito pelas mulheres que decidem interromper uma gravidez até às 10 semanas, por, em consciência, não se sentirem em condições para assumir uma maternidade. [8] Porque a penalização do aborto dá origem à interrupção voluntária da gravidez em situação ilegal e insegura, o que tem consequências gravosas para a saúde física e psicológica das mulheres que a ela recorrem.
in Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo SIM

Entendemos, em primeiro lugar, que o debate na Sociedade Portuguesa, particularmente entre as camadas mais
jovens da população, se tem revelado consensual nos últimos anos, na recusa em sentar as mulheres que
recorreram a um aborto clandestino no banco dos réus e na recusa em enviá-las para a prisão. A lei criminalizadora
que temos continua, infelizmente, no caminho da estigmatização, sujeitando-as à humilhação pública e à devassa
das suas vidas privadas, que poderá conduzir a uma pena de prisão de até 3 anos.
Em segundo lugar, a lei actual é ineficaz em dar resposta ao problema do aborto clandestino: as estimativas
quanto ao número de abortos clandestinos e realizados anualmente em Portugal apontam para números na
casa dos 20 mil. A realização de abortos clandestinos fora da segurança dos estabelecimentos de saúde retira à
mulher o direito a uma decisão reflectida e acompanhada, colocando em perigo a sua saúde física e psicológica,
conduzindo em muitos casos à sua morte.
A Conferência Mundial das Nações Unidas sobre as Mulheres afirmou, já em 1995, com clareza que “o aborto
em condições precárias põe em perigo a vida de um grande número de mulheres e representa um grave problema
de saúde pública, dado que são as mulheres mais pobres e as jovens que correm mais riscos”. São, pois, estas
as mulheres e jovens que são empurradas para as redes de aborto clandestino sem condições e para o aborto
auto-infligido, uma vez que não têm possibilidade de recorrer a intervenções em segurança no estrangeiro.
in Jovens pelo Sim

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

e ninguém fala na interrupção voluntária da criação musical. - O ABORTO MUSICAL. É crime?
Será o embrião musical já música ou não ? Até quantos compassos de gestação ainda não se considera música? Técnicas de aborto musical ? O aborto musical na sociedade ocidental ?
Quais os meios contraceptivos musicais e as doenças musicalmente transmissiveis?

1:43 PM  

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